domingo, 25 de maio de 2014

A importância de conhecer a nossa história

Por Gilmar Silvério

Para um país como o Brasil, em que a diversidade cultural é imensa, pode parecer estranho quando se fala na história dos nossos antepassados. Ainda mais se pensarmos na forma como ocorreu a formação da nossa sociedade, a partir das influências recebidas dos diferentes ciclos migratórios.

Saber a história de uma nação significa resgatar e preservar a tradição daqueles que contribuíram para que chegássemos ao ponto em que nos encontramos. Trata-se de uma oportunidade única para compreender, inclusive, a nossa própria identidade.

A despeito da visão europeia, que ainda é predominante nos livros didáticos e paradidáticos, há outra corrente que defende que a história da humanidade seja contada com base em outros relatos e visões de mundo. Nesse sentido, existe uma legislação federal que torna obrigatório o ensino nas escolas da cultura afro-brasileira e indígena. Essa lei, que acaba de completar dez anos, infelizmente ainda é pouco conhecida. Compete a nós, militantes e especialistas da área de educação, colocarmos isso em prática.

Como exemplo, podemos citar o que ocorre em Santo André, na região do ABC paulista. No final de 2013, teve início a capacitação sobre cultura indígena para os professores de educação física da rede municipal de ensino. O objetivo é fazer com que o docente passe a utilizar, em suas aulas as danças, os jogos cooperativos e as brincadeiras oriundas dessa tradição.

Trazer essa visão de mundo para os alunos é importante para se perceber como a influência desse povo se faz muito presente no nosso dia a dia. Para ficar em um só aspecto, vale mencionar o hábito do banho diário. Sem falar nas centenas de palavras e termos de origem indígena que usamos para nos expressar.

Essa percepção, que por vezes passa despercebida face ao contexto globalizado em que vivemos, é fundamental para mostrar às nossas crianças e jovens a riqueza da cultura e da tradição dos primeiros habitantes do nosso país.

Ao oferecer essa possibilidade aos alunos, estamos contribuindo para resgatar o papel dos índios na formação do Brasil. Serve, ainda, para evitar possíveis percepções preconceituosas em relação a esse povo, que deve ser reverenciado pelas inúmeras contribuições que, hoje, se encontram naturalmente incorporadas ao nosso cotidiano. Significa também dar à cultura indígena o devido protagonismo que ela tanto merece.

* Gilmar Silvério, professor da rede estadual de ensino, é secretário de Educação de Santo André, SP. -  gilmar_silverio@hotmail.com. 

sábado, 24 de maio de 2014

Coroa Colorida


Exposição Plantas e Povos

 A Exposição Plantas e Povos é fruto de um sonho: ‘’Deus quer, o homem sonha, a obra nasce’’. Quisera eu que assim fosse. E assim foi! A germinação do sonho teve que esperar o tempo propício e chuvas suficiente... trago à minha terra o que vi, vivi e estudei, exposto com a colaboração de uma equipe de grande talento e generosidade.
 Em 1982, na índia, o Guru Swamy pregou para os fiéis que ‘’O bem que mais cresce, quando se divide, é o conhecimento’’. Concordo com ele e disso brotou Plantas e Povos.
 A exposição se divide em seis núcleos temáticos, uma área interativa e um espaço de Leitura. Elege a arte como seu fio condutor, aproximando arte e ciências da educação e conservação de plantas.
Apresenta a natureza tanto mediante pinturas cuja temáticas é o Brasil - desde texto visuais técnicos, histórico até o mais novos grafite urbano -, quanto por meio audiovisual e de artefatos produzidos pelos homens no seu labor dia´rio diário, incluindo também elementos da cultura  técnicas utilizados na indústria.
Ao mesmo tempo, contudo, essa exposição revela o pesquisador como o elemento necessário para o melhor uso nossos recursos genéticos e da nossa biodiversidade. Espero, com isso, despertar nos jovens o apreçõ à sua terra e a vontade de viver o desenvolvimento sustentável. Plantas e Povos é dedicada à minha màe, professora primária Terezinha Lisboa e ao meu pai, Professor Francisco Romão Carneiro. 

E ao mestre Professor Paulo Sodero Martins.

                                                    Roberto Lisboa Romão
                                                    Curador DCBIO/UEFS

O Mapa de Conflitos

terça-feira, 20 de maio de 2014

domingo, 18 de maio de 2014

III ENA começa com muita alegria e em defesa da diversidade

Com muita animação puxada pela Fé e Axé, banda da região  do sertão do rio  São Francisco, a mística de abertura do III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA), realizado em Juazeiro (BA), envolveu os participantes na defesa da diversidade do povo e da cultura brasileira. Após uma apresentação teatral, contrastando a biodiversidade com as grandes empresas do agronegócio, tocaram músicas típicas e receberam as organizações e participantes, inclusive internacionais, no meio de uma ciranda organizada por regiões e com um grande abraço coletivo.

A coordenadora da mesa de abertura, Maria Emília Pacheco, do núcleo executivo da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) e presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), destacou a importância da composição dos participantes: indígenas, agricultores familiares, convidados, apoiadores, dentre outros movimentos e setores da sociedade, representados em 70% de agricultores e 50% de mulheres. Ela apresentou os apoiadores, tanto de empresas estatais e dos ministérios quanto agências internacionais, e representantes dos governos municipal e estadual.

Rokia Traoré

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Fazendo Arte às Margens do Velho Chico

O Arte Educador Gregório Braque realizou o projeto Fazendo Arte às Margens do Velho Chico na Escola Edualdina Damásio no Vale do Salitre. com a participações de professores da escola, que tem a profª Solange como diretora.
O  Projeto pretende valorizar a memoria material e imaterial do povo ribeirinho, através das histórias que alimentam o imaginário  de uma viagem cheia de personagens do folclore brasileiro.
Despertando nos alunos a importância da preservação do Rio São Francisco.
Convidando todos a navegar pelo imaginário do povo ribeirinho e suas lendas.
Uma viagem ao mundo do povo ribeirinho, suas histórias e suas lendas.

AINDA É PÁSCOA

No sertão nordestino o verde da caatinga depois das chuvas que ocorreram ultimamente, dar sinal de vida.
A partir do dia 27 de abril passou a ser levado aos altares João XXIII, aquele que criou a Diocese de Juazeiro. Naquele mesmo dia volta para a terra o corpo da Irmã Redenta que, carinhosamente, dedicou-se aos pobres da periferia de Juazeiro.
A vida para nós os pobres e excluídos, está difícil e explorada pelo sistema que continua sendo cruel e perverso.
Por fim chega a notícia da morte de Dom Tomás Balbino defensor da justiça e referência da luta pela terra no Brasil.
A CNBB em assembléia discutiu importantes temas com vista a missão da igreja e a vida do nosso povo.
Em meio alegrias, desafios, morte e ressureição é Tempo de Páscoa.
É vida, é eternidade!
Nesta caminhada Jesus vai conosco fazendo a história da libertação.
Ainda é tempo para dizer:

FELIZ PÁSCOA NO CRISTO RESSUCITADO!

Juazeiro, 15 de maio de 2014.
Abraços, Zelinho e família.
zelinhosena@hotmail.com

sábado, 3 de maio de 2014

Maio, Nosso Maio


Feita com Software Livre e em um processo coletivo, a animação "Maio Nosso Maio" apresenta de forma leve e compromissada uma leitura histórica que resgata o sentido original do Dia dos Trabalhadores.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Reconvexo


Reconvexo
Caetano Veloso

Eu sou a chuva que lança a areia do Saara
Sobre os automóveis de Roma
Eu sou a sereia que dança, a destemida Iara
Água e folha da Amazônia

Eu sou a sombra da voz da matriarca da Roma Negra
Você não me pega, você nem chega a me ver
Meu som te cega, careta, quem é você?
Que não sentiu o suingue de Henri Salvador
Que não seguiu o Olodum balançando o Pelô
E que não riu com a risada de Andy Warhol
Que não, que não, e nem disse que não

Eu sou o preto norte-americano forte
Com um brinco de ouro na orelha
Eu sou a flor da primeira música a mais velha
Mais nova espada e seu corte

Eu sou o cheiro dos livros desesperados, sou Gitá gogoya
Seu olho me olha, mas não me pode alcançar
Não tenho escolha, careta, vou descartar
Quem não rezou a novena de Dona Canô
Quem não seguiu o mendigo Joãozinho Beija-Flor
Quem não amou a elegância sutil de Bobô
Quem não é recôncavo e nem pode ser reconvexo

Artistas & Produtores

COMUNICADO

Prezados (as) Artistas e Produtores;
A coordenação  do Centro de Cultura João Gilberto, com o propósito de melhorar cada vez mais a relação e a compreensão dos nossos procedimentos, vem convidar  artistas aos artistas e produtores que tenham relação com o espaço, para participarem de uma reunião com as nossa equipe (técnicos, vigilantes, bilheteria, eletricista, manutenção, SG e administrativo).
Onde? Centro de Cultura João Gilberto (sala 03)
Quando ? 08 de maio as 17h00min (cinco da tarde)
Participe! Essa será uma oportunidade para dialogarmos sobre questões inerentes ao espaço, ouvir críticas e sugestões, como corrigir condutas, procedimentos, superar dificuldade e avançarmos em mais participativa.
Atenciosamente:
João  Leopoldo Viana Vargas

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