domingo, 20 de maio de 2012

MOVIMENTO PESCADORES DA CRIAÇÃO - Arte na Rua

Este Movimento nasceu das conversas constantes de amigos querendo testar pontos de vistas e conceitos artísticos. Entre outros, a Arte como objeto elitizado, pertencente a determinada instâncias, longe da maioria da população, que pouco ou nenhum acesso, tem a ela. Por mais que se anuncie, se divulgue e se difunda o conhecimento, o público, em sua maioria, passa ao largo dos acontecimentos ditos artísticos ou culturais, por motivos que vão desde a falta de condições financeiras à inibição de adentrar por algum espaço teatral, museu, galeria de arte ou qualquer outro em que tais atividades se processem. Seguindo a máxima de que “todo artista tem que ir até onde o povo está”, o grupo de amigos, composto na maioria por pessoas ligadas às artes plásticas, decidiu que faria, a partir dali, exposições na rua com o objetivo de inserir a arte no cotidiano do povo.
Outra providência a tomar seria a convocação, por convite, de outros artistas dispostos a participar da experiência. Nas entrevistas, além dos esclarecimentos a respeito dos objetivos pretendidos, lançava-se o convite a todos com os quais não havia sido possível um contato pessoal ou direto. Muitos apareceram nas reuniões preparatórias para se inteirar do assunto, dar sua opinião e contribuir de alguma forma. Outros apareciam na hora do evento. O local para o evento deveria ser uma rua de grande movimentação e passagem obrigatória de muitos. Pela grande afluência constatada, foi escolhida a Travessa Benjamim Constant, no trecho que vai do Hotel Vitoria, na Praça da Misericórdia, descendo por dois quarteirões até a confluência das ruas Sete de Setembro e Antonio Pedro.
A rua era e ainda é um ir-e-vir de gente. Logo cedo, na manhã do sábado, 14 de julho de 2001, aquele via publicada foi fechada com cavaletes e os artistas arrumaram seus trabalhos em diversos tipos de suporte e nas paredes, calçadas e chão. Quem tivesse que passar por ali teria que se desviar de algumas obras, e ninguém poderia passar sem se dar conta de que algo diferente acontecia. Os artistas ficariam por perto desuas obras para observar as reações, interferir ou esclarecer, interagindo com o público, se achassem necessário.
Superando a expectativa dos organizadores, essa exposição fez um tremendo sucesso. Alguns passavam se desviando, mas lançavam um olhar e diminuíam o passo para poder observar um pouco. Outros paravam, esqueciam a pressa, ou simplesmente se davam conta de que algo inesperado acontecia em seu caminho, e logo estavam discutindo vários aspectos da obra observada com alguém que também parara ou mesmo com o autor, matando a curiosidade sobre algo que sempre quisera saber e não tinha a quem perguntar.
Lorena Araújo, Patrícia Dias, Mardyórie Martins, Mirian Duarte e Alexsandro Vaz, uma turma que não era de artistas, mas apreciara desde o início a idéia do Arte/Rua: O Efêmero – nome dado ao evento – dava-lhe apoio e todo tipo de incentivo.
A imprensa compareceu, fotografando, fazendo a cobertura, com as emissoras de rádio fazendo transmissão ao vivo e a televisão gravando para os seus telejornais. A TV Grande Rio gostou tanto da proposta que resolveu associar seu nome ao projeto, veiculando os próximos eventos semelhantes que viriam a acontecer.
Fonte: Movimento Pescadores da Criação

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