O baiano Jorge Amado (1912), filho de um fazendeiro de cacau, formou-se em direito no Rio, tendo sido deputado federal pelo Partido Comunista (1945), logo cassado. Materialista e místico ao mesmo tempo, é figura respeitada nos candomblés de Salvador. Estreou como escritor em 1932, com O país do carnaval, e acabou tornando-se uma lenda viva das letras brasileiras. É um de nosso escritores mais lido no país e no exterior.
Recorde de vendas, Amado geralmente retrata a vida, a sensualidade e os valores das camadas populares da sociedade baiana, capturando-os ora pelo lado da crónica de costume, ora pelo da denúncia social, mas sempre com uma singeleza e um colorido peculiar.
COORDENADAS
Estamos em Salvador, na Bahia, visitando suas favelas, botequins, zonas de meretrício e todo o alegre submundo da cidade na dácada de 1950.
PALAVRAS CHAVES
Bahia - Boemia - sobrenatual
SUMO DA HISTÓRIA
Durante cinquenta anos, Joaquim Soares da Cunha foi um respeitável funcionário público e chefe de família. Um dis, cansado da tirania da esposa, D. Otacília, e da filha, Vanda, abandonou o lar e tornou-se Quincas Berro D'água, bebedor contumaz, amigos de prostitutas, boémios, bandidos e marinheiros, figura popularíssima em Salvador.
a história narra a norte desse herói do submundo e de suas consequências: envergonhada e nada disposta a gastar dinheiro no enterro, a família de Quincas tenta velá-lo da forma mais discreta possível. Mas seus amigos - e o próprio defunto - acham que um enterro festivo é o que mais convém.
Publicada pela primeira vez em 1961, como parte do livro Os velhos marinheiros, a novela apresenta um painel vivo e divertido da Salvador de meados do século XX, e é também um convite à reflexão: do mundo nada se leva, portanto, o melhor que se tem a fazer é viver a alegria de nossa liberdade, mesmo à custa da desaprovação daqueles que se dizem "respeitáveis".
FOTO: Wikipédia, 1997, por Gilberto Gomes
FONTE: Guia do Livronauta - MEC