quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O PORQUÊ DO LIVRO

" É justamente a possibilidade de realizar um sonho que torna a vida interessante."
( Paulo Coelho )


O mundo de certa forma está perdendo o sentido do bom, do belo, do essencial. Voa-se em busca do vulnerável, do efêmero, do aparente. E, nesta busca, aposta-se tudo. Até a própria dignidade, agora, muito mais palavras de dicionário. Sonhar, só poucos, tidos como loucos, ousam. Desde crianças, sonhei. E sonhei muito. Perseguindo este sonho, venho : - UMA TRAJETÓRIA DA MEMÓRIA: MINHA TERRA MINHA GENTE - .
O sonho de registrar a vida de uma obra literária. Nada mais do que o registro simples de vidas não menos simples pelo modo viver, longe da ambição egoista das regras do progresso capitalista.
Dignas de inveja e imitação. Cenário, onde se desconheciam o cheque, recibos, carteiras de identidade, CPF e tantas outras "segurança burocráticas". Empenhava-se a palavras. E valia. O peso era vergonha. Que fantásticos!... A tônica era a fraternidade, a troca de favores. Pouco padrões e em estilo bem diferente. Alguém que merecia respeito por liderança nata. Um amigo (a), cuja porta se abria à acolhida. Todas as famílias acabavam numa única: o virarejo, a comunidade.
Dormia-se no terreiro da casa, nas noites quentes de céu enluarado. Temor, só das cobras, caranquejeiras e escorpiões, no mês de maio, quando se assanhavam. Ou das estórias de lobisomem, na quaresma.
Em lugar de poluição sonora, o cantar dos grilos e cigarras. E cedinho o gorgear do sabiá e seus companheiros do alvorecer.
Benesses políticas não existiam. Só a verdadeira e santa política do bom compartilhar. Se alguém abria uma cacimba, a água era de todos.
Os divertimentos sadios, despretensiosos de maldade, sem o caráter de sensualidade desvirtuada e na maioria em casas de família. Os acordes da safona em rtmo com o reco-reco e pandeiro, não deixavam ninguém arredar o pé do salão à luz de fifó (candeeiro a querosene).
A conotação era pegar o "sol com a mão", isto é. só se interromper a folia ao amanhecer, com um delicioso café (torrado e muído em casa), regado a cuscuz de milho pilado e carne assada de bode seca.
É um saudosismo, sim. Mas, o que faz bem ao ego de vidas, aqui retratadas, a evidência. Pelo que representaram na formação do meu caráter, por amor a todos e a tudo ali vivido, é que faço questão de arrancá-los do anonimato, embora muitos já no pretérito da existência ou em memória e trazê-los à baila, em: - UMA TRAJETÓRIA EM MEMÓRIA: MINHA TERRA, MINHA GENTE.

LIVRO: Uma trajetória em Memória: Minha Terra, Minha Gente.

AUTORA: Graciosa Xavier Ramos Gomes




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