domingo, 14 de abril de 2013

Ato Público das Escolas do Alto, Médio e Baixo Salitre em Favor da Vida - Caminhada em Direção a Ponte da Goiabeira no Rio Salitre

Gestores e Professores que estão fazendo uma Nova Educação no Vale do Salitre. Com a união de todas as Escolas do Alto, Médio e Baixo Salitre. Procurando sensibilizar o governo a cerca da problemática da falta D'água, a perenização do Rio Salitre, elevar a autoestima do Salitreiro e identificar os problemas e as possíveis soluções. Alguns Gestores e Professores que fazem parte do projeto pedagógico 'Um Novo Olhar sobre o Vale do Salitre'': Sebastiana Maria da Silva Dias, Luzia Costa de França, Alex Fabian  Alencar Costa, Lúcia Bruno de Almeida, Maria Helena dos S. Soares, Josevaldo Davi da Silva, Valdete Moreira da Silva Ferreira, Meirizane Gonçalves Santos, Thiago Luiz Almeida Costa,  Katiane Soares da Silva Almeida, Solange Almeida da Silva, Luciana Gomes de Jesus Fraga, Lusilena Pires de Jesus, Rozangela de Lima, Gislene Barbosa Ferreira, Gilnete de Souza Menezes, Zelangia Alves Tupiná, José Uelson Gonçalves Andrade, Joelma Monteiro  Mattos Bruno, Edelzita Pereira Martins, Liane da Silva Cavalcante de Lima, Eurides Lima De Jesus Queiroz, Juliana Fonseca De Souza, Glaucio De Lima Silva, Miguel Angelo de Souza, Maria Amélia Oliveira, Eliete Leite Da Paixão, Patrocínia Maria S. Regis, Hildeth Francisca De Oliveira, Nadilson.
 O Que eu vou dizer
Que Todo mundo ouça, porque nós estamos juntos, a união faz a força. / O povo do Salitre, vive sempre animado, sempre pedindo a Deus, para ser abençoado. / Nós fizemos esse poema, pedindo a Deus para ajudar, para nos ficamos contente, e a água do Rio Salitre voltar. / A água da cachoeira, era muito valiosa, correndo de cima para baixo, era uma água doce e gostosa. / Hoje o Salitre está triste, mas tentando se alegrar, com a chegada do projeto, para a vida melhorar. / A água para todos, é uma esperança constante, que o Salitre precisar, para aumentar sua confiança. / A turma da Escola, está muito animada, sempre pedindo a Deus, para ser abençoado, com a água do Rio Salitre, sendo recuperada.
Autora: Augustina (Moradora da Comunidade de Curral Novo)
Escola Miguel Ângelo.
  Eu sou feliz é no Salitre
Eu sou feliz é no Salitre, É aqui no Salitre que sou feliz. / Conhecer ser salitreiro. É aprender valorizar; a terra que nela planta; e os frutos que ela dar. / O Salitre é muito Bom; muito bom pra se morar; temos muita plantação; pra consumo e exportar. / No Salitre tem gente alegre; tem fruto e muito gente; cultivando a plantação. / O Salitre tem riquezas; muita terra para plantar; muito fruto pra colher; Sem ter água pra molhar. / O salitreiro acredita; que Jesus vai ajudar; a colher as plantações; e ter água pra molhar.
Música feita pelos alunos do 5º ano - Professora Rosimeire
 Poema
O Salitre é um lugar, muito bom de se morar, tem riqueza e bons frutos, precisamos valorizar. / A seca prolongada, que a tem nos maltrata, deixa muita gente triste, precisando ser animada. / Mas é preciso ter fé, é preciso garra, pra lutar por esse chão, que acolhe que abraça, / Deixando o desânimo de lado, buscando viver lado a lado, nunca desistindo de lutar pelo nosso rio abençoado.
Autores: Juscinea e Edilena.
Escola Miguel Angelo de Souza - Curral Novo - Salitre

Olá 
Deixem-me falar um pouco da minha história e da alegria de tê-los como meus ouvintes. Eu assim como a maioria de vocês, sou nordestino por vocação e baiano de coração. Acostumado, portanto a todas as variações causadas pelos fenômenos atmosféricos da nossa região; este sol forte, que nos dá uma cor especial, a escassez de chuvas que molda nossa resistência, e a dureza do trabalho, que molda o nosso caráter. Já fui jovem e vigoroso, e por onde passava a alegria e esperança, deixava sempre nas pessoas que tinham algum contrato comigo, a certeza de dias melhores. Nas minhas viagens por esta parte do vale, vi homens na labuta, derramando o suor do seu rosto e regando com ele a prosperidade que pouco a pouco iam conquistando.


Acreditam que já vi o oceano atlântico? Eu descia alegra e faceiro por este vale até o São Francisco e de lá era outra viagem até encontrar aquela imensidão de águas. Quanta coisa linda eu já vi! Eu vinha de perto do morro do chapéu, passava por Jacobina, Campo Formoso, sempre vendo a história de uma nação sendo construída. Passava pelo Abreus, Curral Velho, Goiabeira, e todos os vários povoados que estão mais acima, saltava pedras, mergulhava em grutas e descia. Junco, Juá, Campo dos Cavalos, Curral Novo e Rodeadouro.

Aí eu passeava nas águas do velho Chico. Porém antes de lá chegar , eu via homens na vida. Plantaram e colhia melão, cebola, feijão. Cada tomate lindo, acerola, manga, limão. Acreditem, tinha gente que plantava arroz, cana, milha e café. Que tempo bom. Hoje eu estou fraco, fragilizado e definhado. Já não consigo, há muito tempo chegar até o São Francisco, e menos ainda ao grande mar.

Fico triste, sofro e lamento. Principalmente ao saber das notícias que me chegam. Fiquei sabendo que o povo deste vale já não é feliz, que as pessoas estão se digladiando, com risco de morte. Aquela fartura já não mais existe e as pessoas estão abandonando esta terra, antes próspera e produtiva, para mendigarem emprego nos grandes centros. Tenho poucas esperanças de sobreviver, mas sei que da minha sobrevivência depende também o futuro de vocês. O poeta disse que: "Quando se é jovem é forte". Vocês são jovens. Façam alguma coisa por nós. Temos uma longa história a continuar. História de lutas, trabalho, progresso, e vitórias. 
Muito prazer eu sou o Rio Salitre.
Texto: Professor Nadilson - Goiabeira II 
Escola Antônio Francisco de Oliveira - Salitre

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