terça-feira, 23 de julho de 2013

As Almas do Cariri, Martinha e Augustinha

Por volta de 1906, era comum passarem pela região famílias fugindo da seca. Uma dessas famílias perambulava nas fazendas próximas a Poções nos arredores do distritos de Juremal, e por onde passavam pediam comida. Mas, os moradores também enfrentavam a seca e, desprovidos de alimentos doavam o que era possível como rapadura e soro do leite que as duas meninas da família do Cariri comiam com umbu verde.
As meninas, que se chamavam Martinha e Augustinha eram admiradas por onde passavam e comparadas com anjos, mas elas tiveram uma forte diarreia e morreram abraçadas embaixo de uma árvore. Os moradores compadecidos sepultaram as meninas e os pais seguiam viagem sem destino, deixando as duas sepulturas marcadas com cruzes de madeira e o nome delas. No dia seguintes, um morador passou no local e ficou surpreso ao ver que entre as sepulturas havia nascido uma roseira e  tinha flores perfumadas. 
A notícia espalhou-se, e as pessoas acreditavam ser um milagres que as meninas mortas pela fome haviam virados Santas. As pessoas começaram a pedir proteção as mesma chamando-as de As Almas do Cariri e o local onde foram sepultadas passou a ser chamados de Covinhas, sendo construídos uma pequenas capela onde as pessoas depositavam os objetos das promessas, então surgiu outro fenômeno que reforçou a fé do povo, ao lado de cada uma das sepulturas nasceu um angico e os galhos dos mesmos eram entrelaçados como braços e lembravam as meninas mortas abraçadas. A capela recebe visitas de várias pessoas que acreditam, fazem promessas e são atendidas pelas Almas do Carirí.
Escola Municipal Raimundo da Cunha Leite - Poções, Juremal
Pesquisa e texto: Profª Edna Evangelista da Silva


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