quarta-feira, 14 de outubro de 2009

BANDIDO E HERÓI

Os fatos, os personagens, sejam eles quais forem, com o passar do tempo - que a tudo consome, indistintamente vão perdendo a timidez do contorno, a vivacidade das cores fortes e também a veracidade, tantas as intervenções daquelas que se propõem a nos transmiti-los.
Por vezes, o detalhamento, desejado e perseguido, é mais um bosquejo. Alguns, até sem nenhuma verossimilhança.
São muitos os ingredientes lançados no " melting-pot" pelos sociólogos, pelos historiadores e por meros contadores de estórias. Buscar a verdade emaranhados de tipos e acontecimentos é labuta demorada, cansativa e que deveria ser criteriosa.
Entre muitos: a dominação política, o sentimento religioso, a condição social a surperposição do poder econômico, o sectarismo político a influir na distribuição das benesses, dissimulando as reais necessidades, o abastardamento da justiça, a ignorância, a miséria, o analfabetismo, a pouca e inadequada alimentação (influindo na formação física e mental do homem), contribuem necessária e basicamente, na instalação da violência urbana e interiorana.
Dai, para o surgimento do jagunço, do cabra... é um passo; é quando se tem a presença aliciada e dominadora do coronelato (às vezes na função de coiteiro). do " coronelato" , que fornece as armas e estabelece a ação, é que as ligações que o tornaram o representante - de cutelo e baraço de poderes maiores e mais representativos.
Desse amalgamação, em diferente aspecto em uma só finalidade, está o cangaço, e com eles a violência, que tanto pode se instalar e explodir nas cidades como no campo. Um comportamento universal, pertencente, pois a todos os povos em todas as épocas
Entre nós, em periodo de 1870 a 1940 (pelo menos oficialmente), em pleno Nordeste brasileiro o crescimento do cangaço do banditismo; não há como avançamos no assunto dentro do espaço disponível.
Ressaltamos, todovia, nessa época, as figuras de Antonio Silvino, Jesuino Brilhante, Virgulino Ferreira da Silva - O Lampião - pouco dos muitos que aterrorizaram os sertões nordestino, e de quem nos dão conta, o engenho e arte de Franklim Távora, Wilson Lins, José Américo, Jos´e Lins Rego, João Martins de Athayde, Carlos Alberto Dória, Oleone Coelho, e tantos outros.
E, agora - Parlim - dando sua contribuição, ilustrativas com seu desenho seguro, invocativo, e interpretativo do mais famaso dos cangaceiro. Não tiraremos ao leitor, tentando interpretar o autor de Lampião, rei do cangaço a oportunidade de ele mesmo formular seu conceito.
Tentamos...
TEXTO: Dr. Edilson Monteiro

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